Caldelas está situada no coração do Minho, localizada no concelho de Amares, entre Braga e o Gerês. Envolvida por uma paisagem deslumbrante, é o destino ideal para fugir ao stress do dia-a-dia e recarregar energias através do conforto e bem-estar que uma experiência termal lhe pode oferecer.
O nome de Caldelas (Caldellas na grafia antiga), é todo de origem latina e o seu significado relaciona-se directamente com as nascentes mínero-medicinais. Assim, etimologicamente, o vocábulo “Calldelas” é uma palavra derivada do étimo latino “calda” (que significa água quente) com o sufixo diminutivo “ella” também latino (que junta a ideia de pequenez), sendo o plural utilizado para referir duas nascentes. Assim “Caldellas” significa literalmente “pequenas águas quentes”, estando o nome da povoação naturalmente ligado ao período da romanização atrás referido, existindo registos escritos deste nome desde o século XIII. Caldelas, só com um l, é a grafia moderna, adoptada no primeiro quartel deste século.
A título de curiosidade, refere-se aqui uma ingénua e errónea lenda, contada ainda hoje, sobre o nome Caldelas, certamente provocado por um erro ortográfico feito no século XVI. Assim, num documento datado de 1528, sobre direitos devidos ao arcebispo de Braga, o nome da povoação aparece com a grafia de Qualdellas, mais exactamente Santiago de Qualdellas. Por esta grafia alguém entendeu o que o vocábulo era composto pela justaposição de “Qual-dellas”, tendo o povo, sempre com a sua adorada imaginação, encontrado de imediato um significado para este nome, criando a lenda que passamos a descrever resumidamente: certo dia um forasteiro, que procurava o alívio das águas milagrosas, quando chegou junto das nascentes, deparou-se com a existência de não uma, mas sim, duas nascentes (que ainda hoje existem) e naturalmente perguntou, a alguém que se encontrava no local, “De Qual dellas devo beber?”. Contudo esta lenda, tal como referido acima, e o nome Qualdellas, derivam certamente de um erro de um escrivão menos rigoroso, que trocou o C por Qu, visto que a grafia Caldellas está registada em diversos documentos dos três séculos anteriores ao primeiro aparecimento da grafia Qualdellas. Quanto aos nomes que identificaram as águas mineromedicinais, podemos referir cronologicamente, desde os tempos da romanização até aos nossos dias, Caldellas, Caldas do Alvito (pequeno ribeiro que passa junto ao local), Caldas de Rendufe, Caldas de Caldelas, Poços e Banhos e finalmente, Termas de Caldelas.
Reabertura das Termas de Caldelas pela entidade instituidora do ISAVE.
Concurso de Concessão
A exploração romana destas águas é testemunhada por duas lápides consagradas às ninfas, actualmente expostas nos jardins do Grande Hotel da Bela Vista, encontradas quando da construção do primeiro balneário em 1803.
Construção dos quatro poços em pedra e instalação da chamada da “Bica de Fora”- primeiro balneário
As águas mínero-medicinais de Caldelas começaram a ser administradas pelos frades do Mosteiro de Rendufe, até 1834, ano da extinção das ordens religiosas.
Frei Cristóvão dos Reis, administrador da botica do Convento do Carmo em Braga, publica em Lisboa uma obra intitulada “Reflexões Metódico-Botânicas (e outras notícias de águas minerais)”, onde o autor faz várias considerações sobre as duas nascentes termais, a que chamou Caldas do Albito, na freguesia de Caldelas